sábado, 2 de abril de 2011

NADA SOU, MAS TUDO TENHO!

pense nisso...
NADA SOU, MAS TUDO TENHO!


São minhas as palavras que se perdem ao vento.

São minhas as lágrimas que aguam o solo.

São minhas as pegadas que se apagam na areia.

São minhas as vontades que se fundem ao infinito.

São minhas as promessas que caminham pelo tempo.

São minhas as culpas que se estendem pela estrada.

São minhas as memórias que o passado não engolfa.

São minhas as certezas que a realidade não abala.

São minhas as poesias que os poetas vomitam.

São minhas as histórias que os antigos tanto contam.

São minhas as canções que os menestréis sempre sonharam.

São minhas as lições que ainda hei de aprender.

São minhas as noites de total abandono.

São minhas as manhãs de alegria sob o sol.

São minhas as primeiras e as ultimas paginas.

São minhas as viagens ao centro da tela do computador.

São minhas as palavras dos contos mais conhecidos.

São minhas as fantasias em dias de tempestade.

São minhas as clientelas dos últimos boêmodramos abertos.

São minhas as orações em madrugadas de luar.

São minhas as proezas quando os heróis estão ausentes.

São minhas as fugas quando o medo assombra valente.

São minhas as suspeitas de que todos são paranóicos.

São minhas as controvérsias neste nada a oferecer.


por: Ermes Le Fou

Um comentário:

  1. São suas as palavras transbordantes de verdade!
    São suas as certezas e as cumplicidades.
    de mostrar o que sente mais que ninguem vê
    Foi sua a coragem de escrever!
    Beijos Sr. E. Campos até a próxima

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