CADA UM NA SUA PRAIA

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CADA UM NA SUA PRAIA

Não sou do serrado nem sou do mato

Sou da areia, do mar, do marasmo.

Não jogo bola, não pulo corda nem rodo o pião.

Sou mais uma rede, água de coco e um violão.

Não transo o asfalto, skate e construção.

Prefiro praia, mar aberto, luau e curtição.

Não sou Hip Hop, Heavy Metal ou batidão.

Me embalo na bossa e no reggae roots sentado no chão. 

Não sou de tendencias, da moda, do mundão.

Eu faço o estilo chinelo de dedo e bermudão.

Não sou de noitadas, amor descartável, ficar no salão.

Sou mais minha morena, sob a lua cheia em noites de verão.

por: Ermes Le Fou

NO CASULO

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NO CASULO


Um casulo obscuro onde a luz não entra
nunca é dia ou noite, cedo ou tarde.
O som escapa, o ar se exauri
a lagrima não seca ao tocar o solo.
O tempo é lento, relativo.
O chão lamacento e não tem vento.
É um cubículo de nada
preenchido com coisa alguma.

por: Ermes Le Fou

SANGUE NEGRO

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SANGUE NEGRO


Sangue Negro
forte e quente.
Faz meu corpo
viver novamente!

Teu cheiro encorpado
revela suas propriedades.
Teu gosto, doce ou amargo
é um mosaico de infinidades.

Desce revitalizante
pela garganta dos que existem na noite.
Inspira os ânimos
dos que tem a lua como acompanhante.

És vida em sua essência.
Néctar de cheiro envolvente.
Por ti o homem já viveu guerras.
Enraizada pelo mundo estão suas sementes.

Delirante desejo
Torpor de prazer único.
Sangue Negro, majestade.
Somos seus fiéis súditos.

Por: Ermes Le Fou